domingo, 24 de junho de 2012

·  UMA PESQUISA INTERESSANTE3 e a possibilidade de ampliação do  Controle Social no SUS


 
 





Por nós e para nós o controle social no SUS


 
Não basta saber de nossas necessidades e interesses em saúde, devemos buscar agir para satisfazê-las!!
E para isso devemos tentar saber quais são os valores que mais prezamos !

"quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quais são os valores que os brasileiros mais prezam?

Pesquisa feita pela Marcondes Consultoria com a britânica Barrett Values Centre traz um retrato da percepção que o cidadão ou cidadã brasileira tem de si e da realidade que o cerca, com base em valores pessoais que os entrevistados consideraram os mais importantes para si e para os outros.

É um estudo inédito no país e traz dados importantes para a definição de estratégias de governos, empresas e organizações da sociedade civil, particularmente num momento em que o Brasil precisa definir um modelo de desenvolvimento sustentável que o consolide como “liderança verde” no plano internacional.

Documento final da Rio +20:

http://daccess-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/N12/381/64/PDF/N1238164.pdf?OpenElement

Conhecer os valores que os brasileiros mais prezam e adotam também ajuda a estimular o protagonismo e a atitude proativa nas pessoas, de modo a construir um país cada vez melhor para todos.



A pesquisa

O levantamento de dados foi feito pelo Instituto Datafolha, por meio de entrevistas com 2544 pessoas distribuídas por 160 municípios de todos os estados e Distrito Federal, em junho de 2010.

Os entrevistados responderam três perguntas:

- Quais valores são os mais representativos de quem você é?


Os cinco mais votados foram: Amizade (50,9%), Família (44%), Honestidade (39,5%) , Respeito (37,3%) , Humildade e Alegria (34,7%).

Os resultados mostram que os brasileiros se vêem como pessoas que têm consideração pelos outros, procura contato próximo com as pessoas, gostam de compartilhar alegria e confiança, e possuem natureza alegre e modesta. Então, a imagem que o brasileiro faz de si é de um indivíduo gregário, amigável, honesto, alegre e humilde.

Entre os valores menos votados, encontram-se alguns que sociologicamente estão relacionados com protagonismo e empreendedorismo individual, como resolução de conflitos, aceitação de riscos e inovação. Outros valores menos votados – abertura, diversidade e interdependência – indicam também um indivíduo com dificuldades para negociações ou construções coletivas. Todos estes valores citados tiveram entre 2 e 3% de menções nas entrevistas.


- Quais são os mais representativos de como o Brasil opera hoje?

Os cinco mais votados foram: Corrupção (54,1%); Pobreza (52,1%); Crime/Violência (51,6%); Desemprego (48,5%); e Analfabetismo (37,9%).

Estas mostram que os brasileiros têm consciência dos problemas e uma visão crítica do país. Instituições e lideranças têm baixa credibilidade; há a percepção de que: existem carências básicas a serem atendidas e hostilidades que podem afetar a vida das pessoas e da sociedade; faltam oportunidades; o futuro é inseguro.

Os valores menos votados (entre 2 e 3% de menções) , nesta pergunta, foram: resolução de conflitos, foco no curto prazo, senso de comunidade, transparência, honra, paternalismo, perdão (todos com 3%), integridade e visão compartilhada (2%). Estes resultados indicam um quadro de poucas expectativas em relação à busca coletiva de soluções para os problemas nacionais. Isto pode advir tanto do fato de não haver confiança em instituições e líderes quanto em uma “cultura” consolidada de solucionar o problema de acordo com os interesses próprios.

- Quais valores deveriam ser representativos para o Brasil operar no futuro?

Paz (40,8%), Justiça (28,4%), Redução da pobreza (27,5%), Moradia confortável (26,6%) e cuidados com pessoas idosas (26,4%).

Os resultados mostram que o brasileiro quer viver em um país no qual existam condições de “bem comum”, como justiça e paz; sejam satisfeitas suas necessidades físicas e financeiras (moradia confortável e redução da pobreza); e que as pessoas sejam consideradas, independente da idade. Assim, no que tange ao futuro, os brasileiros vislumbram a solução dos problemas básicos e têm aspirações mais elevadas do que as atuais.

Entre os valores menos citados para a cultura desejada, ressaltam-se: burocracia, corrupção, desperdício de recursos, dependência de serviços públicos, pobreza (3%), preconceito por conta de sexo, foco no longo prazo, incerteza sobre o futuro, necessidades materiais, autoritarismo, materialismo, culpa, agressividade, foco no curto prazo (25), paternalismo, elitismo e vingança (1%). Vale destacar dois valores que tiveram 4% de votação: interdependência e diversidade.

Podemos inferir, a partir desta relação, que os brasileiros querem viver num país “livre” dessas dificuldades. Mas, novamente, pela baixa votação obtida para “interdependência” e “diversidade”, podemos deduzir que há uma limitação para alcançar soluções coletivamente.


Outros recortes interessantes da pesquisa

Nas menores faixas de renda e entre as mulheres de qualquer renda, a amizade e a família são os valores pessoais predominantes. Os homens de mais renda valorizam a competência.

Na cultura atual, a corrupção é destaque em todas as faixas de renda, mas as mulheres demonstram mais preocupação do que os homens com este problema. Elas também se preocupam mais do que os homens com pobreza, crime e desemprego.

Na cultura desejada, justiça social e igualdade de oportunidades são valores relevantes para quem ganha mais de 5 mil reais /mês. Para quem ganha menos, cuidados com a saúde são preponderantes. No recorte de gênero, as mulheres e homens dão valor maior para paz, justiça social. No entanto, para as mulheres, em seguida vêm moradia confortável e cuidado com pessoas idosas. Para os homens, oportunidade de emprego e estabilidade econômica são prioritários.

E onde vamos chegar?

O que chama a atenção é que, pelos resultados desta pesquisa, o brasileiro não correlaciona os seus valores individuais – honestidade, alegria, prioridade no contato próximo com pessoas e humildade – com a capacidade de agregar pessoas para solucionar coletivamente os problemas apontados e que são, mesmo, nossas chagas ancestrais: pobreza, corrupção, violência, desemprego, desperdício de recursos. Mais paradoxal ainda é a visão de futuro que emerge da pesquisa: o brasileiro tem esperança num futuro bom, mas a baixa menção a valores como resolução de conflitos, inovação e aceitação de riscos deixa dúvidas sobre a maneira como se chegar a este futuro. Quem vai resolver os problemas?”


E se acharmos quem vai resolver (é claro que somos nós mesmos, puxa!!!!!) de que maneira poderá fazê-lo se não tiver saúde?

Como fica a ampliação da proporção:

(número de habitantes da área de atuação da unidade básica de saúde que vão ao Conselho Local

dividido por

total de habitantes da área de atuação da unidade básica)

e com isto a ampliação do Controle Social no SUS diante de :

“...indicam também um indivíduo com dificuldades para negociações ou construções coletivas.”
“...Estes resultados indicam um quadro de poucas expectativas em relação à busca coletiva de soluções para os problemas nacionais.”

“...líderes quanto em uma “cultura” consolidada de solucionar o problema de acordo com os interesses próprios.”


“...podemos deduzir que há uma limitação para alcançar soluções coletivamente.”



E aí Conselheiros de Saúde do meu Brasil, o que fazer? Se é que queremos fazer???????

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